Árvores centenárias, unidas pelo tronco, correm risco de morte com as obras do Ligeirão, em Campo Grande
sábado, 1 de setembro de 2012A separação das “siamesas” parece inevitável. É como são conhecidas “as gêmeas” que, contrariando a ciência, nasceram na Avenida Cesário de Melo, em Campo Grande, separadas, e só depois uniram-se. Segundo estudantes e moradores, é também ali que as árvores idênticas vão morrer, caso seja concluída a obra do Ligeirão.
– Todos as chamam de siamesas ou gêmeas. São da espécie ficus e os antigos acreditam que têm 200 anos. Da junção do tronco delas para cima já não dá para identificar quem é quem – diz Denise Costa, coordenadora de comunicação e eventos do Colégio Nossa Senhora do Rosário, em frente às árvores.
Ela conta que manifestações a favor das árvores começaram há um mês, quando as obras do Ligeirão foram retomadas.
– Li que vão tirar 1.533 árvores ao longo da via do BRT — diz o aluno do 2º ano Gabriel Gomes, de 16 anos, que já reuniu cerca de mil assinaturas em um abaixo- assinado que passa nas ruas com os amigos.
A nutricionista Flávia de Amorim, de 39 anos, mãe de quatro filhos, entre eles as gêmeas Beatriz e Letícia, diz:
– As árvores são um patrimônio para nós. Tem gente dizendo que vê até a imagem de Cristo nelas.
A secretaria municipal de Obras informou que estuda um possível recuo para evitar a remoção das árvores.
Fonte: Jornal Extra
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Na condição de Presidente da Associação Cultural da Zona Oeste – ACZO, denunciei, em nome dela, ao Ministério Público, para a proteção das árvores centenárias e a não construção de uma Estação do BRT, em frente ao Colégio N S do Rosário, pela irreflexão da escolha do local, que coloca em risco a vida dos estudantes daquela escola e, para a demolição de outra Estação “dentro” do Calçadão de Campo Grande, pela violação do direito de ir e vir e, temeridade,,pelo tamponamento da entrada do Calçadão, por impossibilitar a entrada dos bombeiros, saúde, Light e outras necessidades, imprescindíveis à qualquer logradouro público.
A obra estava interditada. Como a mídia (local e geral), se furta à obrigação de “noticiar”, exsurge a necessidade de contactar órgãos e outros, para o acompanhamento das questãos. Na segunda feira passada, um motorista de um caminhão da Prefeitura, confirmou a desmontagem e/ou derrubada/quebra, das obras até então realizadas, para o recapeamento em safalto e a devolução do Calçadão à seus 400 mil pedestres diários. Contatos Gilberto José Muniz. ACZO – Museu de Campo Grande. 2415.4464 e 9285.5704.