Campo Grande é, até agora, a campeã em oferta de vagas de hospedagem para a Jornada Mundial da Juventude
segunda-feira, 10 de setembro de 2012O maior número de casas cadastradas para hospedar os peregrinos que desembarcarão no Rio para a Jornada Mundial da Juventude fica na Zona Oeste do Rio de Janeiro. São 955 casas que, num sentimento cristão, oferecerão não só abrigo, mas o pão de cada dia a pessoas de todo o mundo. A refeição matinal, bem como o almoço e o jantar de dois milhões de pessoas, ficará a cargo da Jornada Mundial da Juventude, o evento católico que já criou 75 mil vagas de hospedagem em casas de famílias cariocas e em instituições públicas e privadas.
Segundo a organização do evento, a maioria, por enquanto, está na Zona Oeste do Rio. Três delas, para homens, estão em um quarto vago no Conjunto Campinho, em Campo Grande. São para os “filhos” que a dona de casa Rosane Braga, de 49 anos, se propôs a receber durante o evento, entre os dias 23 e 28 de julho do ano que vem.
– Vou recebê-los como filhos. E terão liberdade aqui dentro: podem mexer na geladeira, ir no quintal à vontade. Sei que não preciso me preocupar com a alimentação deles, mas quero oferecer um cafezinho de manhã e deixar sanduíches e salgadinhos prontos para a madrugada – adianta ela, casada com o cortador de mármore Ary de Assis e mãe de Davidson Assis.
Já na casa de mais de seis cômodos do mecânico industrial Leandro Nunes Sales, de 44 anos, em Guaratiba, ficarão cinco peregrinas.
– O banheiro do primeiro andar será exclusivo das meninas. Vou revezar o banheiro de cima com a minha mulher e o meu filho, pois também vamos participar da jornada – planeja ele.
Já em Sepetiba, na casa da funcionária pública Selma de Souza, de 53 anos, vai ter até plantão 24 horas para orientar os 20 voluntários que receberá. No caso deles, o café e o almoço acontecem na hospedagem, ela conta.
– Devemos fazer uma escala ou deixar um parente aqui. Eu, meu marido e minha filha também somos voluntários – conta.
A jornada dispensa a preocupação com quartos ou colchões. É que o peregrino já tem o espírito do mochilão e do saco de dormir, informa a irmã Graça Maria, diretora executiva de hospedagem da jornada.
– Basta ter um lugar seguro, seco e fechado para o peregrino. Ele escolhe, se quiser, os pacotes de alimentação e transporte – orienta.
A população da Zona Oeste entendeu isso bem ao abrir as portas de suas casas.
– É que na região há bastante locais de retiro, com muitas vagas – justifica.
Confira a entrevista com Dom Orani Tempesta, arcebispo da Arquidiocese da cidade do Rio de Janeiro.
O Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta Foto: Pedro Teixeira / Extra
Qual a importância da Jornada Mundial da Juventude?
Os jovens são os protagonistas de hoje e de amanhã, são aqueles que vão trabalhar e levar adiante toda uma sociedade, que têm uma grande missão nesse mundo de tantas mudanças. Portanto, prestigiar a juventude do mundo todo, dizer que eles são importantes e que têm valores a transmitir, pode ajudar a mudá-lo para melhor. Não interessa só à igreja católica e nem só ao Brasil. Interessa à humanidade.
Como será a divisão dos peregrinos nas casas?
Haverá toda uma divisão idiomática para o Rio. Cada $ão terá uma língua diferenciada para facilitar a pouca mobilidade (para as catequeses matinais que acontecerão, por exemplo). Toda mesma língua ficará em uma região para que os encontros daquela língua sejam feitos ali mesmo e não sejam necessários grandes deslocamentos nesse horário. E para que os deslocamentos maiores sejam feitos nos momentos centrais (acolhida ao Papa e Via Sacra, ambos em Copacabana. E vigília e missa de encerramento, ambos em bairro de Santa Cruz).
Haverá espaço para a descontração na jornada?
Temos vários momentos $não são religiosos. Temos de levar em consideração a cultura dos outros povos que estarão presentes. Como é um encontro internacional, um encontro mundial, que acontece no Brasil, tem que ter a cara do Brasil, a cara carioca. Porém, as interfaces devem existir.
E como estará representada a “cara carioca” na Jornada Mundial da Juventude?
Ainda não está nada definido. Haverá 27 palcos pela cidade e aí, então, os estados vão apresentar o seu jeito de ser. Os países também. Acho que nesses palcos, o Rio de Janeiro deve ter o seu jeito de ser. Isso veremos para o fim do ano.
A multiplicação da hospitalidade
190
É o número de países, em média, de onde são esperados os peregrinos.
50 mil
É o número de voluntários já inscritos da meta de 60 mil.
14.399
É o número de peregrinos que já estão inscritos, vindos de 51 países.
955
São as casas oferecidas na área da Zona Oeste.
929
São as casas disponibilizadas na área identificada como Suburbano, de Anchieta a Quintino.
334
São as residências da Zona Sul do Rio de Janeiro cadastradas até agora.
Fonte: Jornal Extra
Mais notícias sobre Campo Grande RJ:
- Campo Grande: Eco Alegria da Turma da Mônica é a programação especial de férias do West Shopping
- Campo Grande: Cobra pica jovem em Cachoeira do Mendanha
- Campo Grande vive epidemia de dengue
- Fiscalização do Detro recolhe veículos intermunicipais em Campo Grande RJ
- Férias em Campo Grande: West Shopping realiza Exposição Eco Alegria da Turma da Mônica