Mulheres fisiculturistas de Campo Grande contam como é cultuar o corpo musculoso sem descuidar da mente
sábado, 29 de setembro de 2012O peso nas costas só a fortalece. E leva a professora de Campo Grande à superação diária em sala de aula. É na academia, a sua escola preferida, que a personal trainer Márcia Feijó, de 32 anos, mostra aos alunos o sentido da frase “força, foco é fé”, tatuada na costela como símbolo do seu estilo de vida, o de atleta fisiculturista.
— Essas três palavras movem a minha vida. Representam a força interna, fé em Deus e foco no treino e na dieta — diz ela, referindo-se também à preocupação com o filho de 12 anos que perdeu o pai há dois anos, seu ex-marido.
Com 50 quilos distribuídos em 1,56m de altura, Márcia encontrou em si a força de um gigante. E passou a dedicar mais tempo aos treinos de musculação na academia Konnen, em Campo Grande, onde malha e é personal trainer. Tanto que se tornou fisiculturista há um ano.
— Meu filho, os amigos dele e os meus alunos me falam: “Tia, como você é forte!”. Pedem para ver o braço e eu mostro o muque — diz Márcia, que também é professora de Educação Física em escola.
Para integrar a categoria Body Fitness, Márcia confessa que já ficou três dias sem água para manter visível o baixo percentual de gordura e o volume nas costas, no ombros e nos membros inferiores.
— A água fica retida entre o músculo e a pele. E não deixa o músculo tão aparente — diz a corajosa fisiculturista.
Preconceito nas ruas ainda é algo que precisa ser vencido por elas
O trio de fisiculturistas da Zona Oeste: dedicação diária
A sensualidade feminina é esculpida no corpo da fisiculturista Carla Peixoto, de 30 anos, com placas de ferro. Mas de aparelhos como o leg press, por exemplo, onde ela chegar a levantar até meia tonelada com as coxas.
— Ainda há preconceito na rua. Quando as pessoas veem o volume muscular, acham logo que você tomou anabolizante — conta Carla Peixoto.
Integrante da categoria Wellnes (que significa bem e felicidade), ela foi surpreendida pelo preconceito em pleno açougue.
— Uma menina perguntou se eu era mulher. Depois disfarçou dizendo que já havia tentado ficar com o corpo assim — diz.
Moradora de Sulacap, o de Carla é o da mulher “saradinha de praia”, com pernão e bumbum sarado.
— Não achei estranho quando comecei a ficar musculosa (há um ano). Achei interessante — diz.
Marmita vem de casa: foco também na dieta
A gerente comercial Patricia Alves, de 32 anos, não aceita água e nem café quando vai ao cabeleireiro. Tudo para não tirar o foco da dieta. Por isso, leva marmita de casa com a receita para se tornar uma fisiculturista de competição, como ela quer. Além do peito de frango com brócolis, ainda leva chá verde e barra de proteínas.
— Ainda não estreei como fisiculturista, mas estou me preparando para o fim do ano. Sempre fui a forte, diferente das outras. Minhas amigas mais íntimas me chamam de Paty Marombeira — diverte-se ela.
Fonte: Jornal Extra
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